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domingo, 18 de dezembro de 2011

As Bem Aventuranças traduzidas por Emmanuel

E para imprimir o magnetismo divino da Boa Nova, na mente popular, traça no monte, as bem-aventuranças da vida eterna, proclamando veementemente:
“Felizes os humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos céus.
Felizes os que choram porque serão consolados.
Felizes os afáveis, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia.
Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de deus.
Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.
Felizes os que forem perseguidos, sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence."

"Religião dos Espíritos", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

terça-feira, 30 de agosto de 2011

“O Espiritismo, simbolicamente, é Jesus que retorna ao mundo, convidando-nos ao aperfeiçoamento individual, por intermédio do trabalho construtivo e
incessante."

Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz

Trecho do livro nos "Domínios da Mediunidade"

Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os
princípios subatômicos, e que, antes desses princípios, surge a vida mental
determinante... Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento
e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se
entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela
ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem,
no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como
reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito
e a confiança que o valorizam.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mundo de Regeneração

Apenas peguei uns trechos que penso ser importantes para compreendermos o que é o mundo de Regeneração:

Trecho do Livro “Há dois mil anos” – Narrativa de Jesus no plano espiritual

"Entre a Manjedoura e o Calvário, tracei para as minhas ovelhas o
eterno e luminoso caminho... O Evangelho floresce, agora, como a seara
imortal e inesgotável das bênçãos divinas. Não descansemos, contudo,
meus amados, porque tempo virá na Terra, em que todas as suas lições
hão-de ser espezinhadas e esquecidas... Depois de longa era de sacrifícios
para consolidar-se nas almas, a doutrina da redenção será chamada a
esclarecer o governo transitório dos povos; mas o orgulho e a ambição, o despotismo e a crueldade hão-de reviver os abusos nefandos de sua liberdade!
O culto antigo, com as suas ruínas pomposas, buscará restaurar os templos abomináveis do bezerro de ouro.

"Quando se verificar este eclipse da evolução de meus
ensinamentos, nem por isso deixarei de amar intensamente o rebanho das
minhas ovelhas tresmalhadas do aprisco!...
"Das esferas de luz que dominam todos os círculos das atividades
terrestres, caminharei com os meus rebeldes tutelados, como outrora
entre os corações impiedosos e empedernidos de Israel, que escolhi, um
dia, para mensageiro das verdades divinas entre as tribos desgarradas da
imensa família humana!...
"Quando a escuridão se fizer mais profunda nos corações da Terra,
determinando a utilização de todos os progressos humanos para o extermínio, para a miséria e para
a morte, derramarei minha luz sobre toda a carne e todos os que vibrarem
com o meu reino e confiarem nas minhas promessas, ouvirão as nossas
vozes e apelos santificadores!...
"Pela sabedoria e pela verdade, dentro das suaves revelações do
Consolador, meu verbo se manifestará novamente no mundo, para as
criaturas desnorteadas no caminho escabroso, através de vossas lições,
que se perpetuarão nas páginas imensas dos séculos do porvir!...
"Sim! amados meus, porque o dia chegará no qual todas as mentiras
humanas hão de ser confundidas pela claridade das revelações do céu.
Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará,
então, à evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de
sofrimentos e de sangue... Exausto de receber os fluidos venenosos da
ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará
contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos
cataclismos. .. As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor
que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face
escura da Terra e, então, das claridades da minha misericórdia,
contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: "Ó
Jerusalém, Jerusalém?..."
"Mas Nosso Pai, que é a sagrada expressão de todo o amor e
sabedoria, não quer se perca uma só de suas criaturas, transviadas nas
tenebrosas sendas da impiedade!...
"Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros,
reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos
detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo
aproveitamento e, quando as instituições terrestres reajustarem a sua vida
na fraternidade e no bem, na paz e na justiça, depois da seleção natural
dos Espíritos e dentro das convulsões renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo,
consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos
definitivos do homem espiritual".

Livro: Universo e Vida

XII - NO PORVIR
Mesmo depois que passar a grande tempestade, o coração augusto do Cristo sangrará de
dor, porque não será sem uma profunda e divina melancolia que verá partir, para rudes degredes reeducativos, os afilhados ingratos e rebeldes que não lhe quiseram aceitar a doce proteção...
Os filhos da iniqüidade, empedernidos no crime e cristalizados no orgulho, deixarão as
fronteiras fisiomagnéticas da Terra, em demanda das novas experiências a que fizeram jus; mas aqui, no orbe aliviado e repleto de escombros, uma nova idade de trabalho e de esperança nascerá, ao Sol da Regeneração e da Graça.
Nesse mundo renovado, a paz inalterável instituirá um progresso sem temores e uma civilização sem maldade. Os habitantes do planeta estarão muito longe da angelitude, mas serão operosos e sinceros, um tanto sofredores e endividados para com a Eterna Justiça, mas fraternos e dóceis à inspiração superior.
A subsistência exigirá esforços titânicos, na agricultura dignificada e no trato exaustivo das águas despoluídas, mas não haverá penúria nem fome.
Por algum tempo, muitos corações sangrarão no sacrifício de missões ásperas, na solidão e no silêncio dos sentimentos em penitência; mas não existirá desespero nem prostituição, viciações letais ou mendicância, infância carente ou velhice abandonada.
A morte fisiológica continuará enlutando, na amargura de separações indesejadas, mas o
merecimento e a intercessão poderão proporcionar periódicos reencontros das almas amantes e saudosas, em fraternizações de fenomenologia sublimai.
A Ciência alcançará culminâncias jamais sonhadas... Naves esplêndidas farão viagens regulares a esferas superiores e as excursões de férias serão comuns, a mundos de sempiterna beleza.
Necessidades e fraquezas não poderão ser extirpadas por milagre, mas os frutos venenosos da maldade jamais chegarão aos extremos do homicídio.
O Estatuto dos Povos manterá o Parlamento das Nações, onde Excelsos Espíritos materializados designarão, em nome e por escolha do Cristo, os Governadores da Terra.
Sem monarquias, oligarquias, plutocracias ou democracias, haverá apenas uma Espiritocracia Evangélica, fundada no celeste platonismo do mérito maior, do maior saber e da maior virtude, para o serviço mais amplo e mais fecundo.

Reinarão na Terra a Ordem e a Paz.
O Amor Universal será Estatuto Divino.
A Terra pertencerá aos mansos de coração...

terça-feira, 19 de julho de 2011

O Século da Boa Nova

Trataremos hoje do período denominado por Humberto de Campos como o “Século da Boa Nova”.

Roma vivia décadas de guerras terríveis e devastadoras, quando sobe ao poder o Imperador Otaviano Augusto, que mesmo sem tomar medidas drásticas ou fazer um grande planejamento, acaba por marcar em Roma um momento de profunda paz e tranqüilidade, o que tem intrigado historiadores de todos os tempos. Vejamos o que Humberto de Campos nos diz:

“É que os historiadores ainda não perceberam, na chamada época de Augusto, o século do Evangelho ou da Boa Nova. Esqueceram-se de que o nobre Otávio era também homem e não conseguiram saber que, no seu reinado, a esfera do Cristo se aproximava da Terra, numa vibração profunda de amor e de beleza.” (Boa Nova – Humberto de campos)

O reinado de Otaviano Augusto começa em 16 de Janeiro de 27 (a.c). Porém já no ano 30 (a.c) passou a ter o poder de veto e controle sobre as assembléias. O senado também lhe concedeu a máxima autoridade nas províncias.

Utilizando então o ano de 30 (a.c) para nossos cálculos, pois foi quando realmente Otaviano assume o poder, vamos somar 100 anos (um século), tendo então o término desse período descrito por Humberto de Campos no ano 70 (d.c).

Vejamos então o que Emmanuel nos fala dessa data, onde se encerra o século da Boa Nova:

“O cerco de Jerusalém, terminado em 70, foi um dos mais impressionantes da história da humanidade.

A cidade foi sitiada, justamente quando intermináveis multidões de peregrinos, vindos de todos os pontos da província, se haviam reunido junto ao templo famoso, para as festas dos pães ázimos. Daí, o excessivo número de vítimas e as lutas acérrimas da célebre resistência.

O número de mortos nos terríveis recontros elevou-se a mais de um milhão, fazendo os romanos quase cem mil prisioneiros, dos quais onze mil foram massacrados pelas legiões vitoriosas, depois da escolha dos homens válidos, entre cenas penosas de sangue e de selvageria por parte dos soldados.” (Há dois mil anos – Emmanuel)

Temos ai a Guerra Civil de Israel como marco de encerramento desse período de Paz.

Por fim, deixo duas passagens do Sermão Profético de Jesus, que, apesar de ter uma simbologia de expressão mundial, também pode ser considerado apenas para aquele pequeno recinto da Judéia:

Lucas Capítulo 21:

5 E, dizendo alguns a respeito do templo, que estava ornado de formosas pedras e dádivas, disse:

6 Quanto a estas coisas que vedes, dias virão em que não se deixará pedra sobre pedra, que não seja derrubada.

24 E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.

sábado, 9 de julho de 2011

Livro Emmanuel, do espírito Emmanuel, por Chico Xavier

Antes de colocar o trecho em questão, gostaria de convidar ao leitor ao exercício de concentração, para que possa perceber e sentir a maestria do espírito Emmanuel, que nos traz questões tão profundas, sem com isso faltar com a Humildade e Sabedoria.




QUATRO QUESTÕES DE FILOSOFIA



DETERMINISMO E LIVRE-ARBÍTRIO

Pergunta – O futuro, de um modo geral, estará rigorosamente determinado, como parece demonstrado pelos fenômenos ditos premonitórios, ou esses fenômenos envolvem um determinismo conciliável com os dados imediatos da consciência sobre os quais são geralmente estabelecidas as noções de liberdade e responsabilidade individuais? E em que termos, nestes últimos casos, se exerce esse determinismo, do ponto de vista teleológico?

Resposta – Os seres da minha esfera não conhecem o futuro, nem podem interferir nas coisas que lhe pertencem. Acreditamos, todavia, que o porvir, sem estar rigorosamente determinado, está previsto nas suas linhas gerais.

Imaginai um homem que fosse efetuar uma viagem. Todo o seu trajeto está previsto: dia de partida, caminhos, etapas, dia de chegada. Todas as atividades, contudo, no transcurso da viagem, estão afetas ao viajante, que se pode desviar ou não do roteiro traçado, segundo os ditames da sua vontade. Daí se infere que o livre-arbítrio é lei irrevogável na esfera individual, perfeitamente separável das questões do destino, anteriormente preparado. Os atas premonitórios são sempre dirigidos por entidades superiores, que procuram demonstrar a verdade de que a criatura não se reduz a um complexo de oxigênio, fosfato, etc., e que, além das percepções limitadas do homem físico, estão as faculdades superiores do homem transcendente.



O TEMPO E O ESPAÇO

Pergunta – O espaço e o tempo serão apenas formas viciosas do intelecto, ou terão uma expressão objetiva no esquema da realidade pura? E, neste último caso, quais serão as relações fundamentais entre espaço e tempo?

Resposta – No esquema das realidades eternas e absolutas, tempo e espaço não têm expressões objetivas; se são propriamente formas viciosas do vosso intelecto, elas são precisas ao homem como expressões de controle dos fenômenos da sua existência. As figuras, em cada plano de aperfeiçoamento da vida, são correspondentes à organização através da qual o Espírito se manifesta.



ESPÍRITO E MATERIA

Pergunta – Será licito considerar-se espírito e. matéria como dois estados alotrópicos de um só elemento primordial, de maneira a obter-se a conciliação das duas escolas perpetuamente em luta, dualista e monista, chegando-se a uma concepção unitária do Universo?

Resposta – É licito considerar-se espírito e matéria como estados diversos de uma essência imutável, chegando-se dessa forma a estabelecer a unidade substancial do Universo. Dentro, porém, desse monismo físico-psíquico, perfeitamente conciliável com a doutrina dualista, faz-se preciso considerar a matéria como o estado negativo e o espírito como o estado positivo dessa substância. O ponto de integração dos dois elementos estreitamente unidos em todos os planos do nosso relativo conhecimento, ainda não o encontramos.

A ciência terrena, no estudo das vibrações, chegará a conceber a unidade de todas as forças físicas e psíquicas do Universo. O homem, porém, terá sempre um limite nas suas investigações sobre a matéria e o movimento. Esse limite é determinado por leis sábias e justas, mas, cientificamente poderemos classificar esse estado inibitório como oriundo da estrutura do seu olho e da insuficiência das suas faculdades sensoriais.



O PRINCÍPIO DE UNIDADE

Pergunta – Todos nós temos consciência dos princípios de unidade e variação, ou de universalidade e individualidade, que funcionam juntos em nosso mundo. Onde se encontra o ponto de interação, ou lugar de reunião desses dois termos opostos?

Resposta – Se temos aí consciência dos princípios de unidade e variação, ainda aqui os observamos, sem haver descoberto o seu ponto íntimo de união.

Todavia, o princípio soberano de unidade absorve todas as variações, crendo nós que, sem perdermos a consciência individual no transcurso dos milênios, chegaremos a reunir-nos no grande princípio da unidade, que é a perfeição.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A opinião de um espírita sobre Melquisedeque

-Quem é Melquisedeque

Na medida do possível preferimos não entrar no campo das opiniões pessoais, pois por vezes pode ser tomada como uma verdade, sendo que essa é relativa. A única forma de buscar a verdade absoluta é através da universalidade do ensino dos espíritos, e como esse assunto em questão ainda não nos foi revelado pela espiritualidade superior, temos apenas umas considerações de foro íntimo.

Melquisedeque é tratado na Genesis e na Epístola de Paulo aos Hebreus, mas não há provas conclusivas de que seja a mesma pessoa:

Genesis Cap 14

18 E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo.

19 E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra;

20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.

Epístola aos Hebreus Cap 5

5 Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Hoje te gerei.

6 Como também diz, noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.

Visando a Epístola do Apóstolo dos Gentios nos deparamos com o Versículo 5, onde nos é mostrando que Jesus recebeu o título de Cristo por Deus.

Já no Versículo 6 começamos com a seguinte frase: “Como também diz, noutro lugar”. Seria esse “outro lugar”? Provavelmente o livro Salmos: "Jurou o SENHOR, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque." (Salmos 110 : 4).

Porém, é no Capírtulo 7 que Paulo realmente vai nos dar uma definição mais precisa sobre Melquisedeque:

1 PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou;

2 A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz;

3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.

4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.

5 E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.

6 Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas.

7 Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.

8 E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.

9 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.

10 Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.

11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?

12 Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.

13 Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence a outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar,

14 Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.

15 E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote,

16 Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.

17 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.

18 Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.

19 (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.

20 E visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes,

21 Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque),

22 De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador.

23 E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer,

24 Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.

25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus;

27 Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.

28 Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.

Quero dar especial atenção ao versículo 3:

3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.

Onde temos a percepção de que Melquisedeque é um ser Crístico assim como Jesus.

Agora vejamos o que Emmanuel diz:

Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. (A Caminho da Luz, Cap 1)

A primeira informação que analisaremos é a seguinte frase: “existe uma Comunidade de Espíritos Puros e Eleitos pelo Senhor Supremo do Universo. Veja que isso se assemelha com a narrativa de Paulo descrita acima, pois que tanto Paulo quanto Emmanuel afirmam a titulação “Cristo” como vinda diretamente de Deus.

Agora analisemos a segunda parte: “em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias”. Daí concluímos que, esses seres intitulados de Cristos são os Governadores, dos quais Jesus é o nosso.

-A relação entre Melquisedeque e Jesus

No próximo parágrafo Emmanuel diz:

Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. (A Caminho da Luz, Cap 1)

Analisemos a seguinte afirmação: “Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos”. Daí, entendemos Jesus como sendo: um Cristo, puro e perfeito. Sendo que os espíritos perfeitos já se depuraram e não mais necessitam da matéria para evoluir, dela dispondo apenas como missionários celestiais.

Pois bem, temos que Melquisedeque não é necessariamente mais evoluído que Jesus, pois vimos que Jesus já tinha se depurado, recebendo a qualidade de perfeito.

Além de termos mais um indício no seguinte versículo:

Epístola aos Hebreus Cap 7

3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.

O uso da palavra semelhante, ao invés de superior, pode nos ajudar a compreender a relação entre Jesus e Melquisedeque.

Aos que dizem que há espíritos mais evoluídos que Jesus, pois são mais velhos que ele, também poderíamos contra-argumentar. Pois o tempo é relativo, e não se passa da mesma forma para todos, sendo que talvez não mais afete os Espíritos Puros.



Temos para isso a questão 113 e 226 do livro dos espíritos:

“Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus.”

“Poder-se-á dizer que são errantes todos os Espíritos que não estão encarnados?

Sim, com relação aos que tenham de reencarnar. Não são errantes, porém, os Espíritos puros, os que chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo.”

Essas afirmativas no livro dos espíritos nos são muito intuitivas, pois que não há ninguém que consiga sequer imaginar alguém que possa amar de forma mais pura do que Jesus.

- Jesus e a ordem de Melquisedeque

Ainda que pareçam contraditórias as colocações que farei a seguir, temos entendido que em relação a potencialidades criadoras a “evolução” do espírito é infinita, entendimento este que está baseado no trecho do livro Obreiros da Vida Eterna de André Luiz ao qual acrescentamos um parênteses para melhor compreender o início da frase:

Os componentes dessas (Saturno e Júpiter),

por sua vez, esperam, ansiosos, o instante de serem convocados às

divinas assembléias que regem o nosso sistema solar. Entre essas

últimas, estão os que aguardam, cuidadosos e vigilantes, o minuto

em que serão chamados a colaborar com os que sustentam a constelação

de Hércules, a cuja família pertencemos. Os que orientam

nosso grupo de estrelas aspiram, naturalmente, a formar, um dia,

na coroa de gênios celestiais que amparam a vida e dirigem-na, no

sistema galáctico em que nos movimentamos. E sabe meu amigo

que a nossa Via-Láctea, viveiro e fonte de milhões de mundos, é

somente um detalhe da Criação Divina, uma nesga do Universo!...”

Como vimos no A Caminho da Luz, Jesus é um dos Espíritos responsáveis pela regência do Sistema Solar.


No livro Emmanuel, do espírito Emmanuel, temos a seguinte frase que também nos auxilia nesse entendimento: " acima de nós se encontram os seres superiores da espiritualidade, que se hierarquizam ao infinito e cuja perfeição nos compete alcançar."


Podemos perceber que Emmanuel nos traz duas classificações, a Hierarquia dos espíritos e a perfeição. Uma é infinita, a outra todos alcançaremos.


Levantando hipóteses, sabemos que toda obra necessita de organização para que funcione. Daí poderíamos supor que, Melquisedeque pertencesse a coordenação Geral do Sistema Solar, da Constelação de Hércules ou quem sabe da nossa galáxia. Pois sabemos que tudo flui de maneira harmônica e equilibrada.

Há também há possibilidade de que, quando Jesus estava em sua jornada de progresso Melquisedeque tenha sido seu Cristo Planetário, até que o próprio Jesus alcançou a condição de espírito puro, tornando-se Cristo e tendo tido como responsabilidade governar o nosso planeta.

Em linhas gerais, os espíritos em vivência plena da Lei de Sociedade, não vivem, nem tomam decisões sozinhos, e acreditamos que a “Ordem de Melquisedeque” citada pelo apóstolo Paulo exemplifique isso.

No mais, busquemos sempre a referência em Jesus e Kardec, valendo-se também das boas obras espíritas. Aguardemos a universalidade do ensino dos espíritos e utilizemos sempre do Bom Senso e da Razão.

Que Jesus nos ampare sempre!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estudo do Evangelho

— Lá na Espanha — explicou a jovem delica­damente — líamos apenas um versículo de cada vez e êsse mesmo, não raro, fornecia cabedal de exame e iluminação para outras noites de estudo. Chegamos à conclusão de que o Evangelho, em sua expressão total, é um vasto caminho ascensional, cujo fim não poderemos atingir, legitimamente, sem conhecimento e aplicação de todos os detalhes. Muitos estudiosos presumem haver alcançado o têr­mo da lição do Mestre, com uma simples leitura vagamente raciocinada. Isso, contudo, é êrro grave. A mensagem do Cristo precisa ser conhecida, medi­tada, sentida e vivida. Nesta ordem de aquisições, não basta estar informado. Um preceptor do mun­do nos ensinará a ler; o Mestre, porém, nos ensina a proceder, tornando-se-nos, portanto, indispensável a cada passo da existência. Eis por que, excetua­dos os versículos de saudação apostólica, qualquer dos demais conterá ensinamentos grandiosos e imor­redouros, que impende conhecer e empregar, a be­nefício próprio.


Livro Renúncia, Emmanuel

A Vinda do Messias

Os enviados do Infinito falaram, na China milenária, da celeste figura

do Salvador, muitos séculos antes do advento de Jesus. Os iniciados do

Egito esperavam-no com as suas profecias. Na Pérsia, idealizaram a sua

trajetória, antevendo-lhe os passos nos caminhos do porvir; na Índia

védica, era conhecida quase toda a história evangélica, que o sol dos

milênios futuros iluminaria na região escabrosa da Palestina, e o povo de

Israel, durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias divinas, na exaltação

do amor e da resignação, da piedade e do martírio, através da palavra de

seus profetas mais eminentes.

Uma secreta intuição iluminava o espírito divinatório das massas

populares.

Todos os povos O esperavam em seu seio acolhedor; todos O

queriam, localizando em seus caminhos a sua expressão sublime e

divinizada. Todavia, apesar de surgir um dia no mundo, como Alegria de

todos os tristes e Providência de todos os infortunados, à sombra do trono

de Jessé, o Filho de Deus em todas as circunstâncias seria o Verbo de Luz

e de Amor do Princípio, cuja genealogia se confunde na poeira dos sóis

que rolam no Infinito.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

VIVER PELA FÉ

“Mas o justo viverá pela fé.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 1,

versículo 17.)


Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.

Não poucos aprendizes interpretaram erradamente a assertiva.

Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias

exteriores dos cultos religiosos.

Freqüentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a

simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre

vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário

ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.

Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo

invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.

Os dias são ridentes e tranqüilos? tenhamos boa memória e não

desdenhemos a moderação.

São escuros e tristes? confiemos em Deus, sem cuja permissão a

tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? o Pai jamais nos

abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a

morte? eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de

sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo.



Emmanuel - Caminho Verdade e Vida


Linguagem e mensagem

Com a fé como lupa ou grelha de leitura, os escritores sagrados falam da origem e do sentido das coisas. A sua informação é empírica, não científica. Escrevem nos géneros literários do seu tempo. Servem-se de lendas e mitos da Suméria, da Babilónia e de Ugarit, purificando-os de conceitos incompatíveis com aquela fé. Por isso, ao ler um texto da Bíblia, é preciso ter em conta o género literário em que foi escrito. Senão, geram-se equívocos e fazem-se falsas leituras da Palavra de Deus.

Por exemplo: os primeiros capítulos do Genesis são um poema catequético. Não temos aí uma explicação científica da origem do mundo e do ser humano, nem podemos encontrar contradição entre o seu esquema literário da criação em seis dias e a explicação científica da evolução através das idades. Não é a sua linguagem nem a sua mensagem. O poeta/catequista quer apresentar ao trabalhador crente o modelo de Deus, para que também ele, após uma semana laboral, dedique um dia in/útil ao encantamento e contemplação das criaturas, à fruição e partilha dos bens criados e ao louvor de Deus que fez dele seu colaborador na gestão da natureza e da humanidade.


http://www.capuchinhos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1531:natureza-quaresma-e-vida&catid=133:diversos&Itemid=520

quinta-feira, 24 de março de 2011

Jesus - O messias


Belo como a Madrugada

Bravio como o Mar açoitado pelos Ventos

Nobre como a Labareda de Fogo

Usado como uma Espada Nua

A sua Voz penetrante e doce como um favo de Mel

E o seu Olhar Balsâmico como a ternura do Coração de Mãe transmitindo Vida ao Filho Doente

Tão Forte quanto um Herói Mitológico, mas tão Bom quanto o Sorriso de Criança


(Descrição na Palestra “Maria de Magdala”, Divaldo Franco)