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terça-feira, 19 de maio de 2009

Boa Intenção e Boa Vontade

A primeira vez que escutei em uma palestra espírita: “De Boa Intenção o inferno está cheio” tomei um susto, pensei que essa frase era muito cruel. Mas o tempo foi passando e tirando o espírito da letra pude entender melhor o que isso significa. No meio espírita, o ideal cristão nos mobiliza a fazer algo em pró de uma causa maior. Porém quando essa atitude é desprovida de humildade, bom senso e meditação (atributos pouco desenvolvidos no Planeta Terra, incluindo-me no grupo que precisa desenvolve-los), o ato “bom” pode ter repercussões piores do que a inércia.
A crítica ou o ato impensado é de simples iniciativa. Porém o trabalho árduo, a renúncia, e a paciência exigem o concurso da Boa Vontade. Muitas vezes estamos aptos a criticar, na Boa Intenção de alertar, mas não temos a Boa Vontade de oferecer-nos ao trabalho.
Por isso, antes de agirmos ou falarmos, pensemos se nossa autoridade moral é suficiente para tanto, e busquemos no exemplo do Mestre Jesus, a melhor maneira de agirmos.

“Caminhando prudentemente, pela simples Boa Vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz” Emmanuel – Pão Nosso

terça-feira, 14 de abril de 2009

Quem sou eu?

Somos seres em constante mudança, ou seja, o auto-conhecimento não é uma conquista, mas sim um exercício diário.
Assim como Santo Agostinho indica, devemos meditar todos os dias sobre o que temos feito de bom e de mal, onde podemos melhorar, onde estamos acertando e devemos continuar, etc...
Mas, o que quero tratar aqui é de uma questão em particular. Pois muitas vezes, temos incubado dentro de nós, tendências que só afloram depois de determinado estímulo. Enfim, só temos a real oportunidade de nos conhecermos, depois de passarmos por determinadas provas, onde nossa reação nos mostra que realmente somos. Daí então será possível trabalhar a construção de um ser melhor.
Por isso repetimos o quanto é necessário estarmos atentos ao nosso dia, para podermos detectar essas reações, e assim, poder quem sabe, realmente compreender quem somos nós.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Divaldo

“Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão” Lucas 19 40

Eis que as vozes do Céu clamam por falar, mas quem seria o porta voz?
Em 1927 nascia um garoto no interior da Bahia chamado Divaldo. Minha intenção não é de descrever novamente a sua história, mas quero apenas dissertar sobre o quão ele é importante para o movimento espírita e para esse que vos fala.
Nunca antes havia visto oratória mais eloqüente e atrativa do que essa. Em uma vida de sacrifícios e renúncia, esse homem nos trouxe a palavra dos espíritos de maneira direta aos nossos corações.
Querida Scheilla que nos ampara e que em 1956 curou-o de um câncer na garganta. “Jesus quer que de sua boca saia muitas palavras ainda.” E assim o fez! Numa jovialidade surpreendente, Divaldo faz-se presente e atuando no movimento espírita a mais de cinco décadas.
A todos convido a escutarem suas palestras, e deixarem-se emocionar com suas narrativas tocantes.
Sem perder o bom humor (nunca), ele nos envolve magneticamente, pois quando fui ao seu seminário de 4 horas, nem sequer pisquei.
Aqui está um pequeno comentário sobre esse homem fantástico. Não temos a intenção de idolatria, mas saibamos ter bons exemplos de conduta espírita, para que, juntos no ideal do Cristo, possamos dar nossa minúscula parcela de contribuição.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Outro dia estava conversando com um amigo meu sobre as Obras Básicas do Allan Kardec. O legal é que a cada vez que dou uma lida em qualquer parte descubro algo novo, mas o mais importante é que muitas dúvidas que ele tinha estavam simplesmente escritas no Livro dos Espíritos.
É triste quando vemos muitas mancadas acontecendo nas casas espíritas, e só me vem um pensamento: “Se tivesse firme nas obras básicas isso não teria acontecido”.
Obviamente que o livro mais importante é a bíblia, mas um espírita que não está sincronizado com Kardec, pode (mesmo com boa intenção) confundir e até mesmo atrapalhar o seguimento das outras pessoas dentro da casa espírita.
É claro que quem estuda Kardec não está imune ao erro, pois Jesus recomendou “Vigiai e Orai”, mas se quisermos manter o movimento espírita forte, a base foi, é , e sempre será Kardec.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando estiverdes junto daquele que ainda não comunga de ideais nobres, e não esforças verdadeiramente em pró de sua melhoria íntima. Não se alardes, lembre-se do divino amigo que com paciência e tolerância, conseguiu ajudar a todos, sem esperar melhoras instantânias. Nunca lhe foi pedido a condencendência, mas lembre-se que, talvez você demorou alguns milênios para aceitar o Cristo, e só depois viu o quanto estava perdendo durante todo esse tempo.

É valida a expressão: “Muito ajuda, aquele que não atrapalha”, porém poderíamos complementar essa frase com: “Muito mais ajuda, aquele que ama”.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Centro Espírita (Bezerra de Menezes - Psicografia de Chico Xavier)

O conhecimento espírita liberta o homem de superstições e preconceitos, pois é eminentemente racional, e deixa-o livre para pensar e agir.

Entretanto, esta liberdade pode ser utilizada plenamente, dependendo da hora e lugar.

No centro espírita, por exemplo, alguns detalhes devem ser levados em consideração. Segundo aprendemos com os sábios Mentores Espirituais, para o centro espírita se deslocam os espíritos com acentuado desequilíbrio e outros com o propósito de aprender.

Outros são levados pelos protetores desencarnados para serem doutrinados e aí permanecem para prosseguir no tratamento de reequilíbrio espiritual ou no aprendizado.

Detendo-se ai, observam-nos o procedimento, a conversação, os pensamentos...

Dessa forma, o Centro Espírita deve se transformar num verdadeiro santuário, de respeito e oração.

Não se pode, pois, permitir em seu seio festas, músicas de fundo não edificantes, peças teatrais, aplausos, conversação tumultuada e não construtiva, discussões violentas, homenagens humanas, "comes e bebes”, reuniões sem disciplina, rifas, leilões, comércios, brincadeiras, competições, ataques a outras religiões, enfim tudo aquilo que não se concebe num hospital, junto a um leito de dor ou num santuário de oração.

É necessário o mais digno procedimento no centro espírita, a fim de que Jesus não tenha que voltar para expulsar-nos dele, como procedeu para com os mercadores do templo.

(Bezerra de Menezes - Psicografia de Chico Xavier)

Reformador - Janeiro - 1992 - N° - 1954

O Chamado

O Chamado


Certo dia um homem magnífico, aproximou-se de um jovem e disse:
- Jovem acaso queres trabalhar para mim?
O Jovem interessou-se e perguntou:
- Quanto receberei de salário?
E o homem serenamente respondeu:
- Não lhe darei nem ouro, nem prata, mas o tesouro que receberás como salário, poderás levar contigo para toda a eternidade, pois ele não se extingue.
O Jovem ficou meio confuso, como poderia haver um tesouro que nunca acaba? Querendo saber mais, interrogou:
- Qual será o meu cargo?
Com um sorriso nos lábios, o homem fitava o jovem profundamente, vendo nele o que ninguém mais poderia ver, então serenamente respondeu:
- Serás o servo de todos. Receberás o título de “O menor dentre os homens”.
- Terei acaso algum privilégio?
- O único privilégio que terás é o de servir sempre, amando e perdoando a todos.
- Ao menos serei ausentado da dor ou da pobreza?
- Não, inclusive serão elas duas companheiras, a quem aprenderá a amar e respeitar.
O jovem, já sem entender nada, exclamou:
- Mas, porque devo aceitar tal proposta?
E o Homem simplesmente respondeu:
- Porque comigo todo fardo é leve e julgo suave. E bem-aventurado aquele que ouve o meu chamado, pois este desconhece a tristeza e a morte.
Naquele tempo o jovem não o compreendeu. E foram necessárias várias vidas de padecimento e sofrimento amargos. Para que então, esse jovem aceitasse o divino chamado.
Hoje tudo está mais claro para esse jovem, pois ele não tem mais fome ou sede de espírito. Sua palavra é branda e seu amor estende-se cada vez mais. E não há um momento de sua vida, por mais difícil que seja, que a chama da felicidade e do bom-ânimo apague-se em seu coração.
Porque quem conhece a Jesus, nunca mais é o mesmo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Pai Nosso (Esquete de teatro)

Pai Nosso

Entra uma pessoa olhando para o alto e ao mesmo tempo olhando para a platéia e começa a oração:

-Pai nosso que estais no céus. Mas porque tu estás nos céus? (H)

Uma voz (ligada as caixas de som irá responder):

-Meu filho, o céu representa o estado de espírito, bens sabes que estou contigo em todo lugar. (D)

-Santificado seja o teu nome. Mas o que isso significa? (H)

-Que não deves usar o meu nome em vão, assim como está escrito nos dez mandamentos que Moisés revelou em meu nome

-Venha nós o teu reino. ... Que reino é esse? (H)

-O reino de amor e paz que desejo aos homens. (D)

-Seja feito a sua vontade, assim na terra como no céu. Então, nossa vontade não conta? (H)

-Muitas das vezes vos assemelhais a uma criança que por imaturidade tem desejos que não condiz com o que é melhor para ela. Minha vontade é que vocês sejam realmente felizes. (D)

-O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Qual a necessidade de pedirmos o pão de cada dia, se assim mesmo temos que trabalhar para conquista-lo. (H)

-Nunca se julgues senhor da situação, pois cada dia é único em sua vida. E o pão sempre foi símbolo do alimento físico, mas também do espiritual. (D)

-Perdoai-nos a nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. Porque essa condição para obtermos o nosso perdão? (H)

-Sou teu pai, nunca me irritareis com o que fizerdes. Mas bem sei que se não perdoares o próximo, não alcançará o perdão maior que é o alto perdão. (D)

-E não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos de todos os males. (H)

-Tenha a certeza que sempre estarei contigo, quando cairdes, serei teu apoio pare se reerguer. O desafio da vida é que proporciona o crescimento, e o pior mal de todos é aquele que reside em teu coração, pois esse te impossibilita de comungar comigo. (D)

-Porque teu é o reino, o poder, e a glória, para sempre. (H)

-Amém (H)



Legenda:
(H) _ Homem
(D) _ Deus